Cotidiano

Fortaleza lidera número de famílias em situação de rua no Nordeste

  • abril 25, 2025
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Cidade registrou 9.657 famílias em situação de rua segundo dados do CadÚnico

Fortaleza lidera número de famílias em situação de rua no Nordeste

Fortaleza registrou, em fevereiro de 2025, o maior número de famílias em situação de rua entre as capitais do Nordeste, totalizando 9.657 registros no Cadastro Único (CadÚnico). Os dados foram extraídos da Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação (Sagi), do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). No ranking nacional, a capital cearense aparece na quarta colocação, atrás apenas de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.

O número, que considera apenas os grupos cadastrados no CadÚnico, pode ser ainda maior, visto que a ferramenta está em processo de correção e qualificação dos registros. De acordo com o MDS, em dezembro de 2022 menos de 60% da base estava tratada, índice que se aproxima atualmente de 90%. A Secretaria dos Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SDHDS) informou que, em março de 2025, o número de pessoas em situação de rua na cidade chegou a 10.071.

Segundo a Prefeitura, a maioria dessas pessoas são homens (8.574) e se autodeclaram pardas ou pretas (8.213). Muitas sobrevivem da coleta de recicláveis, sem acesso a serviços básicos como saúde e educação. Os principais motivos relatados para a situação de rua incluem conflitos familiares, uso de substâncias e perda de moradia ou emprego.

Fortaleza conta com uma rede de 14 equipamentos de Assistência Social para atendimento a essa população. Entre eles estão casas de acolhimento, pousadas sociais, centros de referência, espaços de higiene e refeitórios. “A SDHDS reforça que o atendimento nos equipamentos é realizado por demanda e que o número de vagas é rotativo”, informa a pasta.

Em todo o estado do Ceará, foram registradas 12.167 famílias em situação de rua, o segundo maior número do Nordeste, atrás apenas da Bahia. Após Fortaleza, os municípios cearenses com maiores números são Caucaia (436), Maracanaú (312) e Sobral (240). A Secretaria da Proteção Social (SPS) e o MDS informaram que mantêm projetos contínuos voltados ao atendimento e reinserção social dessa população, com ações de saúde, educação, qualificação e apoio psicossocial.

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