O blogueiro cearense Wellington Macedo de Souza decidiu permanecer em silêncio, nesta quinta-feira (21), diante dos questionamentos realizados pelos parlamentares participantes da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, no Congresso Nacional. O jornalista foi condenado pela tentativa de explosão de uma bomba no Aeroporto Internacional de Brasília, no ano passado, na véspera de Natal.
O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou, nessa quarta-feira (20), que o criminoso poderia escolher não responder às perguntas dos deputados federais e dos senadores. Na ocasião, o ministro da Corte, Luís Roberto Barroso, acatou o habeas corpus preventivo protocolado pela defesa do comunicador. O magistrado ainda garantiu que Wellington Macedo pudesse ser acompanhado pelo advogado na oitiva.
A convocação do jornalista para a CMPI foi apresentada pelos deputados Duarte Jr. (PSB-MA) e Duda Salabert (PDT-MG). Os parlamentares justificaram que o depoimento dele era de “incontestável relevância”, pelo fato de Wellington ter um “histórico de repetidas atuações em atos antidemocráticos, incluindo atos violentos”.
Eliziane Gama também apresentou uma solicitação para ouvir Wellington Macedo “como testemunha, sob compromisso, do ato ocorrido em Brasília no último dia 24 de dezembro”.
PRISÃO NO PARAGUAI
Condenado a seis anos de prisão, no dia 18 de agosto de 2023, o cearense foi capturado na semana passada em Cidade do Leste, Paraguai. Ele estava foragido desde janeiro deste ano. Além da pena, inicialmente em regime fechado, foi estipulado que ele deve pagar uma multa de R$ 9,6 mil. O radialista Maxcione Pitangui de Abreu também foi preso na ocasião.
Após serem capturados, ambos foram entregues à Polícia Federal pela Ponte da Amizade, que conecta o Brasil ao país vizinho. Eles estão detidos em Foz do Iguaçu, Paraná.