UFC desenvolve tecnologia para captar hidrogênio verde
- maio 27, 2024
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A membrana do material é feita a partir da casca de camarão ou de caranguejo
A membrana do material é feita a partir da casca de camarão ou de caranguejo
Pesquisadores do Laboratório de Mecânica da Fratura e Fadiga (LAMEFF) da Universidade Federal do Ceará (UFC) criaram uma tecnologia mais barata e renovável para extrair o hidrogênio verde (H2V). Em pesquisa de doutorado no Programa de Engenharia e Ciências Materiais, o físico Santino Loruan criou uma membrana de quitosana feita a partir da casca de camarão ou de caranguejo para uso em eletrizadores que separam as moléculas de hidrogênio (H) e de oxigênio (O) da água (H2O). O projeto, diferente da membrana usual, não polui o ambiente.
Após a separação do H e do O da molécula de água, o hidrogênio vira gás combustível e pode ser usado como fonte de energia. O H2V é considerado uma fonte energética alternativa aos combustíveis fósseis, como petróleo e carvão, que provocam aquecimento global. A produção da energia limpa está sendo incentivada no Ceará, principalmente devido ao Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), que firmou parceria com o Porto de Roterdã para o Hub de Hidrogênio Verde entre os dois complexos portuários, que vai levar a produção cearense para o mercado europeu.
Feita a partir da casca de camarão ou de caranguejo, a membrana de quitosana criada por Loruan difere da membrana usual, de nafion, por possuir um aspecto sustentável. Além de não poluir o ambiente quando descartada, a nova membrana que poderá circular no mercado pode ser facilmente produzida, já que tanto o camarão como o caranguejo são fartamente encontrados no litoral brasileiro.