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STF forma maioria para abolir revista íntima em presídios

  • maio 6, 2023
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Brasília, DF – Em uma decisão histórica, o Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria nesta sexta-feira para acabar com a prática da revista íntima nos presídios brasileiros. A

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STF forma maioria para abolir revista íntima em presídios

Brasília, DF – Em uma decisão histórica, o Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria nesta sexta-feira para acabar com a prática da revista íntima nos presídios brasileiros. A medida visa garantir a dignidade e os direitos fundamentais dos detentos, além de promover uma abordagem mais humanitária no sistema carcerário do país.

A revista íntima, que consiste na exigência de desnudamento e agachamentos vexatórios para verificar se há objetos ilícitos escondidos nas cavidades do corpo, tem sido amplamente criticada por violar a integridade física e moral dos presos. A prática também se mostrou ineficaz na prevenção da entrada de materiais proibidos nas unidades prisionais, além de gerar constrangimento e humilhação.

A decisão do STF baseia-se em princípios constitucionais que asseguram a inviolabilidade da intimidade, da dignidade humana e da proibição de tratamentos cruéis e degradantes. A maioria dos ministros entendeu que a revista íntima viola esses princípios, configurando uma prática desumana e incompatível com o Estado de Direito.

A medida tem como objetivo incentivar a adoção de métodos alternativos de segurança, como scanners corporais e o uso de cães farejadores, que são mais eficientes na detecção de objetos ilícitos sem a necessidade de expor os detentos a situações degradantes.

A decisão do STF terá impacto direto nos presídios de todo o país, obrigando as autoridades penitenciárias a adotarem novos protocolos de segurança que respeitem a dignidade dos detentos. A expectativa é de que a proibição da revista íntima contribua para a melhoria das condições carcerárias e promova a ressocialização dos presos, buscando reduzir a reincidência criminal.

A notícia foi recebida com entusiasmo por organizações de direitos humanos e defensores da reforma do sistema prisional, que há tempos vêm lutando pela erradicação dessa prática degradante. No entanto, é importante ressaltar que a segurança nas unidades prisionais continuará sendo uma preocupação, e novas estratégias de inspeção e controle deverão ser implementadas para garantir a ordem e a segurança nos presídios.

Com essa importante decisão, o STF reafirma seu papel de guardião da Constituição e avança no sentido de assegurar a proteção dos direitos humanos no sistema penitenciário brasileiro. Espera-se que a abolição da revista íntima contribua para uma maior humanização das prisões e seja um passo significativo na busca por um sistema mais justo e respeitoso com a dignidade de todos os indivíduos.

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