A partir de fevereiro, o Sistema Penitenciário do Ceará terá 300 unidades de câmeras corporais sendo utilizadas por policiais penais nas unidades do Estado. A apresentação dos equipamentos foi realizada nesta quinta-feira, dia 5, pela Secretaria da Administração Penitenciária (SAP).

O Secretário de Administração Penitenciária, Mauro Albuquerque, ressaltou que a implantação do dispositivo em servidores do setor é uma ação inédita no Brasil, e garantiu a defesa da iniciativa, realizada desde o período de campanha, pelo governador Elmano de Freitas (PT).

“É uma ação sem volta. Ou seja, é uma necessidade de o sistema hoje mostrar o nosso trabalho com clareza, com contexto, e realmente ter toda a sociedade tranquila de que o sistema prisional está trabalhando dentro da Lei, apesar de ser rígido”, falou o secretário durante a coletiva de imprensa.

Dados da SAP informam que os 300 equipamentos custarão R$ 150 mil mensais aos cofres públicos, e serão suficientes para cobrir as atividades de todos os postos de trabalho do sistema prisional. O Estado possui um total de 3,7 mil policiais penais.

“Todo policial não precisa usar [o equipamento]. Se ele está trabalhando em dupla, por exemplo, somente um deles vai usar e registrar toda a ação. Vamos ter um planejamento de fiscalização, ou seja, vamos ter gente acompanhando uma, duas ou três câmeras por amostragem e nos locais mais críticos”, falou Albuquerque.    

Este modelo de câmera corporal é blindado, à prova d’água e inviolável, além disso também possui GPS que fornece a localização em tempo real do usuário e o histórico de deslocamento. Desde novembro de 2022, 20 câmeras estão sendo usadas em uma fase de testes em unidades prisionais em situação mais crítica. Segundo o titular, elas teriam contribuído para reduzir acusações e enfrentamentos.