A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (4), a Operação Serôdio, com objetivo de desarticular uma associação criminosa suspeita de inserir vínculos empregatícios falsos no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) para fraudar benefícios previdenciários. A operação contou com apoio do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e da Coordenação-Geral de Inteligência da Previdência Social (CGINP).

De acordo com a PF, o grupo utilizava empresas fictícias para viabilizar benefícios como aposentadoria, salário-maternidade e seguro-desemprego de forma irregular. Um dos investigados aparecia como responsável por mais de 500 empresas e utilizava familiares na execução das fraudes. O prejuízo estimado é de R$ 3,5 milhões.

Foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão nos municípios de Juazeiro do Norte, Mombaça e Iguatu, além de três mandados de prisão temporária expedidos pela Justiça Federal.

Os investigados poderão responder pelos crimes de associação criminosa, estelionato previdenciário, falsidade ideológica, falsidade material e lavagem de dinheiro, segundo a Polícia Federal.

O nome da operação, Serôdio, faz referência à natureza extemporânea dos vínculos empregatícios inseridos no sistema, feitos fora do prazo legal para o registro de contribuições.