Presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que vai investigar a atuação da Enel Ceará, o deputado estadual Fernando Santana (PT) declarou que a CPI não fará uma “caça às bruxas”, mas deve reunir provas suficientes para exigir que a empresa mude “o formato de trabalho” ou “se mude” do Estado. No entanto, segundo ele, a saída da companhia não deve ocorrer de qualquer jeito e para “qualquer empresa” assumir. Desde o fim do ano passado, a Enel tem negociado a venda do contrato de concessão da empresa com o Governo do Ceará e com a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) — que vai até 2028, mas pode ser renovado por mais 30 anos. “É a primeira Comissão Parlamentar de Inquérito unânime na história desta Casa. São 46 parlamentares que vão poder opinar, vão poder trazer demandas e vão poder, sobretudo, trazer as denúncias de milhares de cearenses que vêm sofrendo com os desmandos dessa empresa. (…) Não é caça às bruxas, não tem nada nesse sentido. O que a gente tem dito é que: ou a Enel muda o formato de trabalhar ou ela se muda do Estado do Ceará”, disse Fernando Santana.