Orós, 2º maior açude do CE, sangra após 14 anos
- abril 27, 2025
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A sangria do Açude Orós contribui para a recarga do Rio Jaguaribe e, consequentemente, também beneficia o Açude Castanhão, o maior reservatório do Ceará
A sangria do Açude Orós contribui para a recarga do Rio Jaguaribe e, consequentemente, também beneficia o Açude Castanhão, o maior reservatório do Ceará
O Açude Orós, localizado no município de mesmo nome no Ceará, voltou a sangrar na noite deste sábado, dia 26, por volta das 22h17min, após quase 14 anos. O reservatório, o segundo maior do Estado, não registrava sangria desde agosto de 2011.
Moradores acompanharam a cheia nas margens do açude e celebraram o acontecimento. Segundo a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), nos últimos 20 anos o Orós registrou episódios de sangria apenas em 2008, 2009 e 2011.
A Prefeitura de Orós organizou um evento com programação musical, feira gastronômica e artesanato para esperar a sangria, cuja confirmação foi divulgada em redes sociais. Até as 23h42min do sábado, o Portal Hidrológico ainda não havia registrado oficialmente o sangramento do açude.
O Orós tem capacidade para armazenar 1,9 bilhão de metros cúbicos de água. Desde o início da quadra chuvosa de 2025, o reservatório vinha recebendo recargas significativas, fato que aumentou o fluxo de visitantes à região.
Após ter vertido em 2011, o volume do Orós diminuiu progressivamente durante os anos de seca, chegando a apenas 4,73% em 2020. Desde então, o açude entrou em processo de recuperação, culminando na sangria registrada neste mês de abril.
A sangria do Açude Orós contribui para a recarga do Rio Jaguaribe e, consequentemente, também beneficia o Açude Castanhão, o maior reservatório do Ceará. A melhoria no volume de água dos principais açudes do Estado é considerada estratégica para o abastecimento hídrico das cidades da região e para a segurança hídrica em períodos de estiagem.