O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, confessou sua participação em crimes relacionados à venda de joias recebidas por Bolsonaro durante seu mandato. Ele afirmou que as joias foram vendidas nos Estados Unidos e o dinheiro retornado ao Brasil foi entregue ao ex-presidente em espécie. Anteriormente, a defesa de Bolsonaro declarou que ele nunca se apropriou ou desviou bens públicos.
Transações foram realizadas através de uma conta bancária nos EUA, no nome do pai de Cid, general Mauro Lourena Cid. Documentos e mensagens da família Cid mostram planejamento e entregas de valores, como $25.000, a Bolsonaro. A venda de dois relógios de luxo totalizou 68 000 dólares.
A confissão de Cid contradiz a defesa de Bolsonaro, sugerindo que ele tinha conhecimento de operações irregulares. Com a assistência de seu advogado, Cezar Bitencourt, Cid busca uma pena reduzida por sua confissão.
A venda das joias tem sido um ponto de discussão desde uma operação da PF envolvendo Bolsonaro. Alguns argumentaram com base em uma regulamentação anterior que joias recebidas pelo presidente poderiam ser consideradas bens pessoais, mas essa regulamentação já foi revogada.
O advogado de Cid, Bitencourt, afirmou que o dinheiro era de Bolsonaro. Esta declaração levanta questões sobre as ações do ex-presidente relacionadas às joias.
Além disso, Mauro Cid promete fornecer mais informações sobre o caso. O Ministro Alexandre de Moraes, que teve decisões anteriores contra Bolsonaro, pode influenciar os próximos passos. Um membro próximo a Bolsonaro indicou preocupações sobre evidências e potencial interferência na investigação.
As informações foram publicadas há pouco pela revista Veja. O assunto é a capa da revista desta semana.