O governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), declarou nesta quinta-feira (30), durante um encontro com a imprensa, que, se pudesse aconselhar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sugeriria mudanças na equipe ministerial para garantir mais eficiência dos gestores e acelerar a conclusão de obras públicas.

“Ele enfrenta desafios grandes. Então, se eu pudesse dar um conselho ao presidente Lula, diria: faça também alguns ajustes na equipe, coloque o pessoal para agir, trabalhar e entregar resultados, porque acredito que isso pode influenciar o cenário das pesquisas”, afirmou.

Nesta semana, o levantamento Genial/Quaest indicou um aumento na desaprovação do governo Lula, sendo a primeira vez que esse índice supera a aprovação. Para Elmano, o resultado reflete uma insatisfação crescente que precisa ser revertida. “A pesquisa aponta para uma sociedade mais inclinada à direita. Isso deve ser analisado”, destacou.

Embora tenha defendido uma renovação na equipe para dar novo fôlego à gestão, com pessoas comprometidas com entregas concretas, o governador minimizou a possibilidade de uma crise de comunicação no governo federal. No entanto, reconheceu que há desafios na implementação das políticas públicas.

Segundo Elmano, Lula deve visitar o Ceará no dia 7 de fevereiro. Na ocasião, será assinada a ordem de serviço para a duplicação da BR-116 no trecho entre Pacajus e Chorozinho, além do início da segunda etapa da duplicação do Eixão das Águas, que ampliará a capacidade de abastecimento de Fortaleza a partir do Castanhão.

“O presidente Lula está atento. Precisamos focar em fazer as coisas acontecerem. A população percebe quando o governo trabalha e entrega resultados, e isso impacta diretamente na qualidade de vida. Acho que o presidente tem um diagnóstico correto: menos embate político, mais ação, mais trabalho e mais entregas. No final das contas, somos avaliados pelo que realizamos”, concluiu Elmano.

Sobre as eleições de 2026, o governador afirmou que participará da definição das chapas majoritárias e proporcionais da base aliada, mas ressaltou que a decisão será tomada no momento apropriado, evitando precipitações que possam gerar conflitos internos.