Neste sábado (1º), o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) foi eleito presidente do Senado pela segunda vez, obtendo 73 dos 81 votos possíveis. Seus concorrentes, os senadores Eduardo Girão (Novo-CE) e Astronauta Marcos Pontes (PL-SP), receberam apenas 4 votos cada.

Alcolumbre já havia presidido a Casa entre 2019 e 2021, sucedendo Rodrigo Pacheco (PSD-MG), a quem apoiou. Diferentemente de sua primeira eleição, marcada por controvérsias, esta ocorreu de forma tranquila.

Os senadores Soraya Thronicke (Podemos-MS) e Marcos do Val (Podemos-ES) também registraram candidaturas, mas desistiram durante seus discursos.

De acordo com a plataforma Radar do Congresso, Alcolumbre possui uma taxa de governismo de 84%, indicando alinhamento frequente com as orientações do governo nas votações.

No biênio anterior, ele presidiu a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde enfrentou críticas por adiar a sabatina de André Mendonça, indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo então presidente Jair Bolsonaro, e por postergar a designação de relator para o projeto que visa barrar supersalários.

Apesar dessas controvérsias, Alcolumbre mantém bom relacionamento com diferentes espectros políticos. O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), acredita que a relação entre o governo e o novo presidente será semelhante à mantida com Rodrigo Pacheco.