O juiz Welithon Alves de Mesquita, da 6ª Zona Eleitoral do Ceará, cassou os diplomas de Carlos Alberto Queiroz Pereira (Bebeto) e Bruno Jucá Bandeira, prefeito e vice eleitos de Choró nas eleições suplementares de 2024. A decisão, proferida em 5 de abril, também determina a realização de novas eleições no município.

Segundo o juiz, a Prefeitura de Choró, sob gestão de Marcondes Jucá, utilizou a máquina pública para favorecer eleitoralmente os candidatos.

Entre as irregularidades apontadas estão o reajuste salarial para diversas categorias e contratações temporárias feitas em período proibido pela legislação. Esses atos foram interpretados como tentativa de influenciar o resultado do pleito.

Além da cassação, Carlos Alberto e Bruno Jucá foram declarados inelegíveis por oito anos a partir das eleições de 2024. Eles também foram condenados, de forma solidária, ao pagamento de multa no valor de R$ 53.205,00. A sanção está relacionada ao uso indevido de bens e serviços públicos para fins eleitorais, configurando grave infração às normas da Justiça Eleitoral.

A sentença também confirma a liminar anteriormente concedida, que já havia suspendido a diplomação da chapa vencedora. O juiz considerou que os fundamentos da decisão final reforçam a legitimidade da medida cautelar adotada durante o andamento do processo.

A cassação dos diplomas reforça, segundo o magistrado, a necessidade de preservar a lisura do processo eleitoral. Por fim, a Justiça determinou a realização de novas eleições em Choró, comunicando de imediato o Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE) para que tome as providências legais. Apesar de a decisão ainda permitir recurso, seus efeitos são imediatos, mergulhando o município em mais um período de instabilidade política até a definição de novos representantes.