Segundo dados da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), o Ceará apresenta, atualmente, um volume de 52% de água acumulada em seus açudes, dois meses após o fim da quadra chuvosa. Dos 157 reservatórios monitorados, dois estão sangrando, e 35 estão com capacidade acima de 90%.

Entre os maiores açudes, o Orós possui o melhor nível de armazenamento, com 69% da capacidade, enquanto o Banabuiú está em 41% e o Castanhão, o maior açude do estado, em 33%. Por outro lado, 24 açudes apresentam volumes inferiores a 30% de sua capacidade.

No início de julho, quando se encerrou a quadra chuvosa de 2024, o estado tinha uma situação mais favorável em comparação aos anos anteriores, com um volume de 10,54 bilhões de metros cúbicos (equivalente a 56% da capacidade total), a maior reserva hídrica desde 2012. Esse volume foi resultado de bons aportes nas bacias hidrográficas, especialmente nas regiões do Acaraú, Coreaú, Litoral, Metropolitana, Serra da Ibiapaba, Salgado e Baixo Jaguaribe, que apresentaram volumes superiores a 70%, sendo que o Baixo Jaguaribe e o Litoral chegaram a 100% de armazenamento no início de julho.

A região do Curu, por exemplo, experimentou uma recuperação significativa, passando de 26% da capacidade total, no início do ano, para 66% em julho. Durante a quadra chuvosa de 2024, o Ceará registrou a sangria de 77 açudes, o maior número desde 2009, quando 111 açudes sangraram.