Ceará registra aumento de 42,5% de prisões em flagrante por feminicídio em 2023
- fevereiro 6, 2024
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A vice-governadora e titular da Secretaria das Mulheres do Ceará, Jade Romero (MDB), ressalta a eficácia da atuação das polícias Civil e Militar.
A vice-governadora e titular da Secretaria das Mulheres do Ceará, Jade Romero (MDB), ressalta a eficácia da atuação das polícias Civil e Militar.
De acordo com informações fornecidas pela Secretaria das Mulheres do Ceará, o Estado apresentou um incremento de 42,5% nas detenções relacionadas ao feminicídio em 2023, em comparação com o ano anterior, 2022. No ano passado, foram registrados 57 casos, enquanto em 2022 houve notificação de 40 casos de feminicídio em flagrante.
No que diz respeito à violação de medidas protetivas estabelecidas pela justiça com base na Lei Maria da Penha, os dados apontam 3.429 casos em 2023 contra 2.474 em 2022, representando um aumento de 38,6%.
A vice-governadora e titular da Secretaria das Mulheres do Ceará, Jade Romero (MDB), ressalta a eficácia da atuação das polícias Civil e Militar, que recebem as denúncias das mulheres agredidas, e enfatiza a importância de buscar orientação, apoio psicológico e, sobretudo, denunciar.
“A maior parte dos casos onde aconteceu a violência mais extrema, que é a do feminicídio, não havia, às vezes, nem um boletim de ocorrência ou a solicitação de uma medida protetiva. Então, é muito importante que as mulheres procurem ajuda”, destaca a vice-governadora.
A secretária sublinha, ainda, que a violência contra a mulher é uma questão que diz respeito a toda a sociedade, demandando a participação tanto de mulheres quanto de homens para combater seu aumento no Estado. Ela critica situações em que vizinhos se omitem de denunciar, baseando-se na crença de que “em briga de marido e mulher, não se mete a colher”. Algumas denúncias de violência contra a mulher são encaminhadas à Polícia Civil, à Casa da Mulher Brasileira ou à Casa da Mulher Cearense, instituições responsáveis por oferecer apoio às vítimas.