Economia

Brasil retira 6,6 milhões da pobreza extrema em dois anos

  • maio 11, 2025
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Em 2024, número de brasileiros na miséria caiu para 14,7 milhões

Brasil retira 6,6 milhões da pobreza extrema em dois anos

A pobreza extrema no Brasil caiu ao menor nível desde 2012, com a saída de 6,6 milhões de pessoas dessa condição nos últimos dois anos, segundo dados divulgados pela FGV Social com base na Pnad Contínua do IBGE. Em 2024, 14,7 milhões de brasileiros estão na miséria, o equivalente a 6,8% da população, ante 8,3% em 2023.

O levantamento aponta que a queda na pobreza extrema e na desigualdade de renda ocorreu devido ao aumento no rendimento das camadas mais pobres da população e ao fortalecimento de programas sociais, como o Bolsa Família. A renda média domiciliar per capita chegou a R$ 2.020, maior valor desde 2012.

O Índice de Gini, que mede a desigualdade de renda, ficou em 0,506 em 2024, o menor patamar desde 2012. Entre os 5% mais pobres da população, a renda cresceu 17,6% em relação ao ano anterior.

Segundo o coordenador do FGV Social, Marcelo Neri, a redução da desigualdade foi impulsionada por uma combinação de crescimento do rendimento do trabalho, alta do PIB per capita e políticas de transferência de renda. A Regra de Proteção, que permite a permanência de beneficiários do Bolsa Família mesmo após aumento de renda, também foi destacada como fator relevante.

Dados do Ministério do Desenvolvimento Social mostram que 75% das vagas formais abertas em 2023 foram ocupadas por beneficiários do Bolsa Família. A política de valorização do salário mínimo também teve papel importante na elevação da renda e redução das desigualdades, segundo especialistas.

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