Bolsonaro se cala sobre esquema de desvio de joias
- 14/08/2023
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Desde que a Polícia Federal deflagrou, na última sexta-feira, uma operação para apurar suposto esquema de desvio de joias para o patrimônio privado de Jair Bolsonaro, o ex-presidente
Desde que a Polícia Federal deflagrou, na última sexta-feira, uma operação para apurar suposto esquema de desvio de joias para o patrimônio privado de Jair Bolsonaro, o ex-presidente
Desde que a Polícia Federal deflagrou, na última sexta-feira, uma operação para apurar suposto esquema de desvio de joias para o patrimônio privado de Jair Bolsonaro, o ex-presidente não se pronunciou sobre o assunto. Em entrevista de 1h20min ao canal bolsonarista Te Atualizei, que foi ao ar neste domingo, o ex-titular do Palácio do Planalto discorreu sobre o legado de seu governo e atacou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas não fez nenhum comentário sobre a investigação.
A operação desta sexta-feira apurou um suposto esquema de compra e venda irregular de joias recebidas por Bolsonaro de representantes internacionais enquanto estava na Presidência. Os investigadores executaram mandados de buscas e apreensões em Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo em endereços ligados ao advogado Frederick Wassef, que já atuou na defesa da família, ao pai do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Lourena Cid, e do tenente do Exército Osmar Crivelatti, que atua na equipe do ex-presidente.
Dois dias após a operação, Bolsonaro apenas se pronunciou através da sua equipe jurídica, que divulgou uma nota na noite de sexta-feira. No documento, a defesa informou que o ex-presidente reitera que “jamais apropriou-se ou desviou quaisquer bens públicos, colocando à disposição do Poder Judiciário sua movimentação bancária”.
A nota informa ainda que a defesa peticionou o Tribunal de Contas da União (TCU) em meados de março requerendo “o depósito dos itens naquela Corte, até final decisão sobre seu tratamento, o que de fato foi feito”.
Logo no começo da entrevista, Bolsonaro comentou sobre prisões de auxiliares próximos e voltou a defender o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, preso desde maio por participar de suposto esquema de fraude em caderneta de vacinação de Bolsonaro e familiares para ingressar nos Estados Unidos.
— Tem outros dois (auxiliares) que não eram diretos meus, mas estão presos: o (ex-ajudante de ordens Mauro) Cid e o sargento (Luis Marcos) dos Reis, cuja punição, se forem culpados, não seria passível dessa preventiva que estão sofrendo agora. Um objetivo é uma delação premiada, e o outro é me atingir — afirmou na entrevista publicada neste domingo.