Após chuvas no período do carnaval, 16 açudes passam a sangrar
- março 6, 2025
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Esse número é o maior registrado para o início de março desde 2020, quando 17 açudes estavam nessa situação.
Esse número é o maior registrado para o início de março desde 2020, quando 17 açudes estavam nessa situação.
As intensas chuvas que ocorreram no Ceará durante o Carnaval tiveram um impacto significativo no volume dos reservatórios do Estado. Entre sábado (1º) e quarta-feira (5), sete açudes transbordaram, elevando para 16 o total de reservatórios que atingiram a capacidade máxima, conforme dados da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh).
Atualmente, os 157 açudes monitorados pela Cogerh apresentam um volume total de 45,8% da capacidade, o melhor índice registrado para este período nos últimos anos. Além disso, até o final de fevereiro, 15 reservatórios já haviam ultrapassado 90% de sua capacidade, demonstrando a influência positiva das recentes precipitações.
Os 16 açudes que transbordaram foram:
O açude Tijuquinha, localizado em Baturité, chegou a sair da lista em alguns momentos, mas voltou a transbordar ao longo do Carnaval. Já o açude Pesqueiro, em Capistrano, foi o último a atingir sua capacidade total, na Quarta-feira de Cinzas.
Apesar da elevação no volume armazenado, algumas regiões do Estado ainda enfrentam níveis reduzidos de água. As bacias hidrográficas dos Sertões de Crateús, Banabuiú e Médio Jaguaribe registram os menores volumes, reflexo da distribuição irregular das chuvas no centro-sul do Ceará.
Segundo a previsão da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), há 45% de chance de chuvas dentro da média até maio, 35% de possibilidade de precipitações acima da média e 20% de probabilidade de volumes abaixo do esperado. Fatores como o comportamento do Atlântico Equatorial e a temperatura dos oceanos podem influenciar na quantidade de chuvas nos próximos meses.
Com o aumento do volume nos reservatórios, o Ceará se aproxima de uma situação mais favorável para o abastecimento de água e segurança hídrica em 2025. No entanto, a atenção segue voltada para as regiões onde a precipitação continua insuficiente.