O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) Mauro Cid vai voltar à Polícia Federal para prestar novos depoimentos em diferentes frentes de investigação. “É o compromisso dele com a delação homologada”, disse ao blog o advogado Cezar Bittencourt, que defende Cid no inquérito das joias sauditas.
Segundo Bittencourt, Cid tem “muito o que falar” e vai contar tudo que viveu com o ex-presidente e os fatos do governo Bolsonaro.
Bittencourt adotou, num primeiro momento, a estratégia de negar que Cid fosse incriminar Bolsonaro porque, segundo explicou ao blog da Andreia Sadi.
Ele não ia antecipar estratégia de defesa;
Quem decide se é crime ou não são as autoridades: a Cid, cabe relatar os fatos.
“Não se trata de incriminar A ou B, ele vai contar todos os fatos que viveu com Bolsonaro que lhe perguntarem. Quem vai decidir se é crime são as autoridades”, disse, procurado pelo blog.
Acordos de delação pressupõem que o investigado contará aos investigadores tudo o que sabe sobre práticas ilícitas em troca de benefícios. Assim, não terá direito a ficar em silêncio se souber de algo.
Enquanto obteve liberdade, por outro lado Cid passa a ser responsável por entregar aos investigadores novos elementos e provas que os faça avançar na apuração dos supostos crimes.
As informações são do Blog da jornalista Andreia Sadi