O ministro da Educação, Camilo Santana (PT), afirmou após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nesta terça-feira, dia 10, que o Governo Federal pretende retomar imediatamente todas as obras inacabadas. O ministro ressaltou que as obras paralisadas serão prioridades, pois precisam ser retomadas de imediato. Segundo ele, em média 3.700 obras estão paradas ou inacabadas, algumas possuem entre cinco e dez anos de paralização.

“Obras paralisadas nós queremos retomar imediatamente e as obras que estão inacabadas vão precisar de um estudo mais detalhado”, falou em coletiva de imprensa no final da tarde desta terça.

Camilo explicou que a retomada deve abranger desde creches, escolas de tempo integral, de ensino fundamental e médio, até campi de universidades e institutos federais. De acordo com o ministro, o presidente Lula quer anunciar essas ações na próxima reunião com os governadores, no próximo dia 27.

Há uma divergência entre o total de obras do que foi apontado pelo levantamento do Tribunal de Contas da União (TCU) pois os dados apontam a existência de 3.993 obras atualmente paralisadas na área, das quais 73,9% se encontram nas regiões Nordeste e Norte. Porém, Camilo afirma ter solicitado à Controladoria-Geral da União (CGU) uma auditoria completa na pasta.

“Houve muito desmonte, muitas políticas que foram desmontadas, muitas denúncias que foram feitas. É para termos uma segurança e um levantamento mais detalhado, para que a equipe possa se sentir mais segura”, explicou o ministro.  

O ministro explicou que o Governo está buscando medidas para solucionar a fila de estudantes endividados no Programa Universidade Para Todos (Prouni) e no Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies).

 “O presidente quer fortalecer o Fies e o Prouni, essa questão das dívidas nós vamos analisar, porque não é possível deixar esses jovens com o nome sujo na praça diante dessas situações. Tanto dos alunos atuais quanto os novos, vamos formar uma equipe para avaliar criteriosamente”, disse.

Segundo o ministro, o presidente Lula autorizou a realização de estudo relativo à verba para a educação básica, visto que está sem repasse há seis anos. A ideia, de acordo com o titular, é anunciar aumento desses recursos antes do início do ano letivo, em fevereiro.