Política

5 prefeitos eleitos já foram cassados no Ce em apenas 4 meses de mandato

  • abril 7, 2025
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As acusações incluem abuso de poder político e econômico, compra de votos e uso irregular de recursos públicos durante a campanha

5 prefeitos eleitos já foram cassados no Ce em apenas 4 meses de mandato

Em apenas quatro meses de mandato, cinco prefeitos eleitos em 2024 no Ceará já tiveram seus diplomas cassados por decisões judiciais, motivadas por denúncias de irregularidades nas campanhas eleitorais. Desde a posse, em janeiro de 2025, o Ministério Público Eleitoral (MPE) tem conduzido investigações que envolvem suspeitas de abuso de poder econômico e político, uso indevido da máquina pública e compra de votos. Apesar das decisões desfavoráveis, todos os gestores ainda permanecem nos cargos enquanto recorrem a instâncias superiores.

O caso mais recente ocorreu em Barroquinha, onde o prefeito Jaime Veras (PSD), a vice Carmem Lúcia (PSD) e cinco vereadores tiveram os diplomas cassados por uso irregular do Fundo Especial de Financiamento de Campanha. O MPE já havia solicitado a cassação anteriormente por desvio de recursos destinados a candidaturas negras e distribuição de bens como geladeiras e airfryers, mas essa primeira ação resultou apenas em multa.

Em Senador Sá, o prefeito Bel Júnior (PP) e a vice-prefeita foram cassados inicialmente em janeiro, mas a decisão foi anulada por erro formal. Em novo julgamento, o TRE-CE confirmou a cassação e determinou a inelegibilidade do gestor por oito anos, devido ao uso político do evento “Cavalgada do Bel”. Situação parecida ocorreu em Alto Santo, onde o TRE-CE também determinou novas eleições e a inelegibilidade do prefeito Joeni (PP) e da vice Genileuda (PT), acusados de abuso de poder político.

Outros dois municípios enfrentam situações semelhantes. Em Barbalha, o prefeito Guilherme Saraiva (PT) e seu vice foram acusados de uso da máquina pública, contratações irregulares e concessão de benefícios durante o período eleitoral. Já em Aurora, o prefeito Marcone Tavares (PT) e a vice Glória Maria (PSB) foram cassados por uso de máquinas públicas em propriedades privadas, aumento indevido da folha salarial e ampliação irregular de programas sociais.

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