Presidente bateu cabeça, teve corte na parte de trás, sangrou na região temporal e fará exames de neuroimagem em 72h
O acidente doméstico do presidente Lula (PT) em seu banheiro, ocorrido no sábado (19) e divulgado laconicamente pelo Palácio do Planalto no dia seguinte, não foi um mero corte na cabeça descrito como “ferimento corto-contuso em região occipital” no boletim médico do Hospital Sírio-Libanês de Brasília. A expressão evita descrever com precisão o ferimento do presidente de 78 anos de idade, que foi “traumatismo craniano” na parte de trás da cabeça, que inspira monitoramento de sangramento identificado na região temporal, com exames de neuroimagem que serão repetidos nas próximas 72 horas.
O único a admitir que a batida na parte de trás da cabeça no petista causou traumatismo craniano em Lula foi seu médico pessoal Roberto Kalil Filho, ao ponderar que Lula está bem em entrevista à CNN Brasil. Ao contrário do que ocorria e ainda ocorre a cada procedimento médico do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Lula não divulgou nenhuma imagem no hospital e em recuperação, até a manhã desta segunda (21).
“Ele chegou ao hospital com um traumatismo craniano, causado pela batida na parte de trás da cabeça. O ferimento precisou de pontos. Fizemos tomografias e ressonâncias, que mostraram um pequeno sangramento na região temporal, na frente da cabeça. Isso ocorre porque, em quedas, o contragolpe pode lesionar a parte frontal”, explicou Kalil, que o presidente no Hospital Sírio-Libanês de Brasília.
O médico não descreve como foi tal acidente que cancelou a ida de Lula à Rússia para a Cúpula dos Brics, mas descarta que o presidente tenha desmaiado ou escorregado. E enfatiza que o presidente não perdeu a consciência, apesar da pancada que lhe abriu um corte que precisou ser suturado.
“Os próximos dias serão de observação, mas ele já pode retomar suas atividades normais. Está tudo bem com o presidente”, disse o médico.
Pontinhos de sangramento encontrados na região temporal de Lula, na parte da frente cabeça, são comuns em traumatismos cranianos, que geralmente formam hematomas no cérebro.
“Qualquer paciente que tem um traumatismo craniano e foi um golpe importante na região de trás da cabeça, com repercussão no cérebro ou em outra região cerebral, na temporal, por exemplo, com menos de 24 horas, o bom senso por orientação médica é que o presidente não viajasse longas distâncias. Provavelmente ele iria viajar mais de dez, quinze horas, além da pressurização e tudo mais. Então, por orientação médica, ele aceitou e cancelou a viagem”, detalhou Kalil, para a CNN Brasil.
Fonte: Diário do Poder
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