Das 591 mil famílias que tiveram o benefício bloqueado em julho, cerca de 109 mil foram penalizadas por não cumprirem as exigências de educação

O Governo Federal anunciou o bloqueio e a suspensão do Bolsa Família para mais de 600 mil famílias em agosto, após o descumprimento das regras estabelecidas pelo programa. O Bolsa Família, um dos mais importantes programas sociais do Brasil, visa garantir uma renda mínima para famílias em situação de vulnerabilidade, além de promover melhorias nas áreas de saúde, educação e alimentação.

Das 591 mil famílias que tiveram o benefício bloqueado em julho, cerca de 109 mil foram penalizadas por não cumprirem as exigências de educação. A ausência escolar excessiva das crianças e adolescentes dessas famílias foi um dos principais fatores que levaram ao bloqueio, uma vez que o programa exige a frequência regular como parte fundamental de sua política de incentivo à educação.

Além da falta de frequência escolar, outros motivos que resultaram no bloqueio do benefício incluem:

CPF irregular na Receita Federal: pendências no CPF de um ou mais membros da família podem impedir o recebimento do auxílio;

Falecimento não comunicado: a falta de atualização do cadastro após o falecimento de um membro da família pode levar ao bloqueio do benefício;

Falta de atualização cadastral: a ausência de atualização no Cadastro Único (CadÚnico), base de dados utilizada pelo programa, também pode resultar no bloqueio.

Consequências e medidas a serem tomadas

As famílias que tiveram o benefício bloqueado em julho e não regularizaram sua situação continuam sem receber o pagamento em agosto. Isso significa que duas parcelas estão retidas e só poderão ser sacadas em setembro, caso as pendências sejam resolvidas a tempo.

O bloqueio é uma medida temporária, e as famílias podem voltar a receber o auxílio após a regularização junto ao Centro de Referência de Assistência Social (CRAS). Para evitar a perda de mais parcelas, é crucial que os beneficiários resolvam suas pendências o mais rápido possível.

Suspensão do Bolsa Família em agosto

A situação é ainda mais grave para as mais de 72 mil famílias que tiveram o benefício suspenso em agosto, sendo 32 mil desde julho e 40 mil incluídas em agosto. Diferentemente do bloqueio, a suspensão implica na perda das parcelas de julho e agosto, sem a possibilidade de recuperação posterior. Após dois meses de suspensão, as famílias podem voltar a receber o benefício desde que regularizem sua situação no CRAS e cumpram as exigências do programa.

Para evitar o bloqueio ou suspensão do Bolsa Família, os beneficiários devem:

Manter o CadÚnico atualizado: qualquer mudança na composição da família, renda ou endereço deve ser informada ao CRAS;

Verificar a regularidade do CPF: todos os membros da família devem ter seus CPFs em situação regular na Receita Federal;

Garantir a frequência escolar das crianças: acompanhar a frequência escolar dos filhos é essencial para a manutenção do benefício;

Comunicar falecimentos: o falecimento de um membro da família deve ser informado ao CRAS para a devida atualização cadastral.

Calendário de pagamentos de agosto

Os beneficiários que não tiveram o Bolsa Família bloqueado ou suspenso devem ficar atentos ao calendário de pagamentos de agosto, que segue o último dígito do Número de Identificação Social (NIS):

NIS Final 1: 19 de agosto

NIS Final 2: 20 de agosto

NIS Final 3: 21 de agosto

NIS Final 4: 22 de agosto

NIS Final 5: 23 de agosto

NIS Final 6: 26 de agosto

NIS Final 7: 27 de agosto

NIS Final 8: 28 de agosto

NIS Final 9: 29 de agosto

NIS Final 0: 30 de agosto

O corte de mais de 600 mil famílias do Bolsa Família em agosto serve como um alerta para a importância de manter o cadastro atualizado e cumprir as exigências do programa. Se você é um dos beneficiários afetados, procure o CRAS da sua cidade o quanto antes para regularizar sua situação e garantir o restabelecimento do benefício.

Fonte: gcmais

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