Apesar de apresentar estabilidade a curto prazo, o Estado teve crescimento a longo prazo e está em zona de risco para casos de SRAG decorrentes de Covid-19

No Ceará, a quantidade de casos de síndromes respiratórias agudas (SRAG) teve aumento em diferentes faixas etárias, segundo o último Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), publicado nessa quarta-feira, 3 de maio. Os dados analisados são da 16ª semana epidemiológica do ano, entre os dias 16 e 22 de abril.

Nesta semana, o Ceará esteve em zona de risco tanto para casos quanto para óbitos em decorrência de síndromes respiratórias agudas ocasionadas por Covid-19. Esta classificação se dá quando o número de casos observados ultrapassa o percentil 97.5 do que é esperado para a mesma semana de acordo com o seu padrão histórico.

No Ceará, a tendência registrada a longo prazo, referente às últimas seis semanas, foi de crescimento no número de ocorrências de SRAG. Entretanto, a curto prazo, ou seja, nas últimas três semanas analisadas, o Estado apresentou estabilidade no indicador. No Estado, as regiões que registraram mais casos foram as macrorregiões de Fortaleza e Sobral.

Enquanto os casos de Covid-19, prevalente na população adulta, apresentaram uma redução a nível nacional, o último boletim InfoGripe mostrou também um aumento do número de casos de vírus sincicial respiratório (VSR) entre crianças.

Neste ano, 19.250 casos de síndromes respiratórias agudas decorrentes de vírus respiratórios foram registrados em todo o Brasil, sendo 37% deles por VSR e 44% por Covid-19. Nas últimas quatro semanas, 48,6% dos casos de SRAG registrados ocorreram em pacientes com com vírus sincicial respiratório, e 29.5% em pacientes que apresentaram coronavírus.

Entretanto, o Covid-19 ainda é predominante entre os óbitos por síndromes respiratórias agudas. Em 2023, 1.702 óbitos foram reportados por SRAG em pacientes com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório. Desses, 84.1% apresentavam Covid-19.

Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, a Covid-19 se manteve como principal vírus encontrado em pacientes que foram a óbito por SRAG no Brasil. Enquanto 65.8% deles apresentaram o vírus, 10.7% testaram positivo para VSR.

Fonte: OPOVO On-line


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