No Brasil como um todo, 98,27 milhões de pessoas estavam ocupadas no segundo trimestre deste ano, bem acima dos 89,38 milhões no mesmo período de 2021

A população ocupada (PO) no agronegócio brasileiro somou 19,09 milhões de pessoas no segundo trimestre de 2022, aumento de 4,6% (ou de 839 mil de pessoas) frente ao mesmo período do ano passado, segundo indicam pesquisas realizadas pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, a partir de informações dos microdados da PNAD-Contínua e de dados da RAIS.

Trata-se, também, do maior número de pessoas atuando no setor em um segundo trimestre desde 2015, quando a PO totalizou 19,18 milhões de pessoas.

O avanço se trata de uma recuperação de ocupações que foram perdidas pelos desdobramentos da crise gerada pela pandemia. Dentre os segmentos, os destaques foram as agroindústrias e os agrosserviços, que apresentaram crescimentos significativos, de quase 371,98 mil e de 605,73 mil pessoas, respectivamente, frente ao mesmo período do ano passado. Entre o primeiro e segundo trimestres, especificamente, a população ocupada no agronegócio aumentou 1,9%, e isso se deve às variações positivas observadas em todos os segmentos.

Conforme divulgado, pesquisadores indicam que o crescimento observado para a população ocupada no agronegócio entre o primeiro e o segundo trimestres de 2022 ocorreu entre os trabalhadores assalariados (com e sem carteira assinada) e os trabalhadores por conta própria. Quando analisado o perfil de instrução da PO, verificou-se que, a despeito da manutenção do crescimento de pessoas com grau superior, que tem sido observado nos últimos anos, houve avanço importante para todas as categorias de escolaridades – sobretudo para os trabalhadores sem instrução, em termos relativos. Em relação ao gênero, verificou-se que a maior parte do crescimento no período recente foi ocupada por mulheres.

No Brasil como um todo, 98,27 milhões de pessoas estavam ocupadas no segundo trimestre deste ano, bem acima dos 89,38 milhões no mesmo período de 2021. Ainda assim, a participação do agronegócio no mercado de trabalho brasileiro foi de 19,42% de abril a junho de 2022, contra 20,41% no segundo trimestre de 2021.

Fonte: AGROLINK - Aline Merladete

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